1. |
Palavras foscas
04:24
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Eu transformei
Sua memória
Em um fantasma
Um amigo
Com quem eu converso
Todos os dias
Sussurro
Em seus ouvidos
Que A Lua revela
A imagem do monstro no lago
A lembrança do seu abraço é sépia
Para descrever os seus olhos
Eu preciso encontrar
Palavras foscas
Eu transformei
Sua memória
Em um fantasma
Sussurro
Em seus ouvidos
Que A Lua revela
A imagem do monstro no lago
Enquanto as feras
Não param
De uivar
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2. |
Tar
03:58
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Havia
Há muito tempo
Uma cidade
Chamada Tar
Nesta época não se via ruínas
Porque a guerra final
Ainda não havia estourado
E quando se deu
A grande catástrofe
Todas as cidades desapareceram
Exceto Tar
Quando chegares em Tar
Conhecerás a eternidade
E verás o pássaro
Que a cada cem anos
Bebe uma gota d’água
Do oceano
Compreenderás a vida
E serás gato e o fênix
E o cisne e o elefante
A criança e o velho
Estarás sozinho
E acompanhado
Amarás
E serás amado...
Possuirás o selo dos selos
E à medida que o futuro chegar
Sentirás o êxtase te possuir
Para nunca mais te deixar
É impossível chegar em Tar
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3. |
O Império do Cinza
04:03
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Então ele se deitou
Com as folhas caídas
E sobre seu corpo
Sobre suas preces distintas
Ele viu o império do cinza
E o vento,
O vento tudo a varrer
Choveu pelas quatro fases da lua
E ao longo dos anos
As águas escuras
Inundaram todos os cômodos
Choveu sobre o altar da ruína
Onde os reis humilhados
Molhados pelas águas infindas
Brindam ao deus
Do vento e do orvalho
Então ele se deitou
Com as folhas caídas
E sobre seu corpo
Sobre suas preces não atendidas
Ele viu o império do cinza
E o vento,
O vento tudo a varrer
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4. |
Por Todo o Jardim
03:25
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Embora o relógio
Siga sendo espinhos
Hoje os sinos frios
Da igreja torta
Não vão anunciar ao mundo
Funeral nenhum
Os últimos suspiros dos lírios
Eram ouvidos
Por todo o jardim
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5. |
Incensos de Canela
04:27
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Eu apaguei
Todos os meus
Incensos de canela
Mas o aroma
Ainda está
Impregnado nos meus ossos
Minhas mãos rejeitam
Fechar as pálpebras
Dos coelhos mortos
"Vi os homens
Sumirem-se
Numa grande tristeza
Os melhores
Cansaram-se das suas obras
Proclamou-se uma doutrina
E com ela circulou uma crença:
Tudo é oco
Tudo é igual
Tudo passou."
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6. |
A Essência do Vidro
04:04
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Conversava comigo
Uma estátua de vidro
E com os porões
Dos meus próprios poréns
Disse. Disse muito além.
Mais do que qualquer
Caracol
Pudesse dizer:
A essência da vida
É a essência do vidro
E a essência do vidro
É transparecer
A criança com o casulo
Nas costas
Sozinha com seus
Estilhaços
Chorava olhando para mim
Refletida nos vidros
Quebrados
Conversava comigo
Uma estátua de vidro
E com os porões dos
Meus próprios poréns
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7. |
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O caracol disse
Olhando em meu rosto
Que o buquê de orquídeas
Não deve seguir
A oratória do fogo
O caracol disse
Olhando em meu rosto
Que o buquê de orquídeas
Não deve ainda
Afirmar-se
Exaltar-se
Entregar-se
Nas mãos do morto
O caracol disse
Como uma criança que chora
Mas no chão
Já definhava
A lembrança assombrada
Pelas insustentáveis
Plumas das horas
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8. |
Palavras Foscas (Bônus)
04:13
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Eu transformei
Sua memória
Em um fantasma
Um amigo
Com quem eu converso
Todos os dias
Sussurro
Em seus ouvidos
Que A Lua
Revela a imagem
Do monstro no lago
A lembrança do seu abraço é sépia
Para descrever os seus olhos
Eu preciso encontrar
Palavras foscas
Eu transformei
Sua memória
Em um fantasma
Sussurro
Em seus ouvidos
Que A Lua
Revela a imagem
Do monstro no lago
Enquanto as feras não param
De uivar
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Permaneço Deitada Juiz De Fora, Brazil
A Brazilian darkwave/post-punk band formed by Bira L. Silva and Yugh Synth
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